quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sayonara, Nihon! Começa a Semana Munique

Bem, saímos do Japão no dia 1 de maio, bem no dia do trabalho (para nós, ocidentais, pois para muitos japoneses é um dia de trabalho normal - apesar de ser domingo e feriado oficial por lá também).
Quase toda a família Otsuki em Tokyo, além da minha cunhada e do meu futuro concunhado "importado" (hehehe) fizeram questão de nos acompanhar até Narita, onde pegaríamos o avião até a nossa parada em Munique.

E já que teriamos que parar mesmo por lá, acabamos comprando as passagens de modo a ficar uma semana na capital da Baviera. Daqui a pouco posto mais fotos de como foi a nossa semana em Munique.

O que posso dizer dessa viagem? Como outras que - graças a Deus - tive a oportunidade de fazer, foi inesquecível, porém esta teve um sabor especial, pois era uma viagem que desde muito jovem já planejava fazer. Conhecer a terra dos meus avós e bisavós foi uma experiência única, que me fez entender muito do que sou hoje. Mesmo assim, pude perceber que aquele Japão certinho e robotizado que sempre vemos pela TV está mudando - não sei se feliz ou infelizmente. As pessoas estão mais soltas, já é possível vermos casais de adolescentes andando de mãos dadas ou abraçados pelas ruas (o beijo em público ainda é um tabu), e percebe-se uma certa rebeldia em quem tem menos de 20 anos.

Tokyo me pareceu uma cidade de contrastes: urbana e moderna, mas com um pé na antiguidade; jovem, mas preocupada com a população de idosos que só aumenta; que admira e muitas vezes é obstinada pelo "American Way of Life", mas tende a adptar isso à sua própria tradição. Infelizmente, por conta talvez do terremoto e do tsunami de abril, Tokyo me pareceu um tanto quanto triste, principalmente à noite quando muitos estabelecimentos ficam na penumbra devido ao racionamento de energia - diversos cartazes nas lojas e outros locais pedem desculpas aos clientes pela falta de iluminação, ainda que ninguém tenha culpa pelo acontecido. Muito mais do que terremotos ou tsunamis, a preocupação com a radiação da usina de Fukushima - ainda que a TV e o governo insistam que está tudo sob controle - torna o semblante do japonês que vive em Tokyo um tanto quanto desconfiado e preocupado. Deus queira que o país e o povo superem logo esta tragédia toda.

Seguem fotos de nossa despedida no Aeroporto de Narita - que por sua vez, e só para variar um pouco, dá de 200 a zero em Cumbica ou no Galeão - e pensar que o Brasil ainda vai sediar uma Copa e uma Olimpíada!...


Sayonara, Nippon! <^.^> We'll miss you!

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