quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sayonara, Nihon! Começa a Semana Munique

Bem, saímos do Japão no dia 1 de maio, bem no dia do trabalho (para nós, ocidentais, pois para muitos japoneses é um dia de trabalho normal - apesar de ser domingo e feriado oficial por lá também).
Quase toda a família Otsuki em Tokyo, além da minha cunhada e do meu futuro concunhado "importado" (hehehe) fizeram questão de nos acompanhar até Narita, onde pegaríamos o avião até a nossa parada em Munique.

E já que teriamos que parar mesmo por lá, acabamos comprando as passagens de modo a ficar uma semana na capital da Baviera. Daqui a pouco posto mais fotos de como foi a nossa semana em Munique.

O que posso dizer dessa viagem? Como outras que - graças a Deus - tive a oportunidade de fazer, foi inesquecível, porém esta teve um sabor especial, pois era uma viagem que desde muito jovem já planejava fazer. Conhecer a terra dos meus avós e bisavós foi uma experiência única, que me fez entender muito do que sou hoje. Mesmo assim, pude perceber que aquele Japão certinho e robotizado que sempre vemos pela TV está mudando - não sei se feliz ou infelizmente. As pessoas estão mais soltas, já é possível vermos casais de adolescentes andando de mãos dadas ou abraçados pelas ruas (o beijo em público ainda é um tabu), e percebe-se uma certa rebeldia em quem tem menos de 20 anos.

Tokyo me pareceu uma cidade de contrastes: urbana e moderna, mas com um pé na antiguidade; jovem, mas preocupada com a população de idosos que só aumenta; que admira e muitas vezes é obstinada pelo "American Way of Life", mas tende a adptar isso à sua própria tradição. Infelizmente, por conta talvez do terremoto e do tsunami de abril, Tokyo me pareceu um tanto quanto triste, principalmente à noite quando muitos estabelecimentos ficam na penumbra devido ao racionamento de energia - diversos cartazes nas lojas e outros locais pedem desculpas aos clientes pela falta de iluminação, ainda que ninguém tenha culpa pelo acontecido. Muito mais do que terremotos ou tsunamis, a preocupação com a radiação da usina de Fukushima - ainda que a TV e o governo insistam que está tudo sob controle - torna o semblante do japonês que vive em Tokyo um tanto quanto desconfiado e preocupado. Deus queira que o país e o povo superem logo esta tragédia toda.

Seguem fotos de nossa despedida no Aeroporto de Narita - que por sua vez, e só para variar um pouco, dá de 200 a zero em Cumbica ou no Galeão - e pensar que o Brasil ainda vai sediar uma Copa e uma Olimpíada!...


Sayonara, Nippon! <^.^> We'll miss you!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Curtas - Curiosidades do Japão

Para fechar esta inesquecível viagem ao Japão, seguem algumas curiosidades que pude notar ou o pessoal de lá acabou me contando:

- O Japão adota a mão inglesa de direção para os automóveis, logo o motorista fica no lado direito. Isto porque o primeiro automóvel que chegou por lá - reza a lenda - era inglês, e por isso adotou-se este padrão de circulação de carros nas ruas. Mas é comum vermos carros importados de países que adotam a mão comum (motorista do lado esquerdo) circulando nas ruas do Japão. E mesmo assim, os acidentes de trânsito por lá são bem raros...

- Trens, ônibus e metrô são pagos na saída, assim como a maioria dos pedágios, ou seja, você paga de acordo com o seu deslocamento: quanto maior, mais caro.

- O shinkansen adota o padrão largo de bitola de trilhos, porém os demais trens e até o metrô adota a bitola curta ou inglesa. Por isso as linhas de shinkansen são exclusivas.

- Ao entrarmos numa loja ou restaurante é comum sermos saudados - em alto e bom som - com o bordão "Irashaimassê!"("bem-vindo" em japonês), além do que na conta do restaurante ou bar não se cobra taxa de serviço, pois o japonês pensa que a obrigação dele é lhe atender bem em troca da sua preferência. Gorjetas devem ser dadas de modo discreto e num envolope branco, de modo que seja dada a conotação de agradecimento pelos serviços prestados, e não de suborno ou favorecimento ilícito;

- Os trens urbanos são mais limpos e eficientes que o metrô;

- Os japoneses são muito supersticiosos, como a maioria dos povos orientais. Evitam, por exemplo, ultrapassar um cortejo fúnebre (seja a pé ou de carro); evitam dizer o nome do número quatro (shi, em japonês) pois é semelhante à palavra "morte"; consideram o gato como um animal que traz muita sorte e fortuna; evitam transferir porções de comida de um "rachi" (os famosos "pauzinhos") para outro, pois isso, segundo eles dá muito azar; entre outras crendices...

- Shinkansen não quer dizer "trem-bala", mas sim "nova linha expressa";

- O Japão possui duas frequencias de rede elétrica: 50 Hz para o norte e 60 Hz para o sul do país. O que faz com que determinados produtos elétricos ou eletrônicos sejam produzidos de acordo com a região em que serão vendidos;

- A cada imperador que assume o trono, o ano japonês é zerado e começa-se a se contar tudo novamente. Atualmente os japoneses vivem o ano 23 da era Heisei. O ano cristão ou gregoriano (2011) é adotado mais para documentos que por ventura sejam de caráter internacional;

- Os japoneses praticamente não almoçam, é comum apenas comerem um lanchinho durante este horário. Porém comem muito bem no café da manhã e no jantar - e não costumam jantar além das 19:00!

- A maioria das ruas em qualquer cidade japonesa não possui nome. A identificação das casas é feita pelo número da quadra associado ao sobrenome do destinatário, por isso as casas e apartamentos no Japão possuem plaquinha com o nome do residente. Ser carteiro no Japão não deve ser fácil...

- Entretanto, as linhas de trem, bonde e metrô possuem nome;

- As vending machines no Japão oferecem tanto bebidas geladas e quanto quentes;

- As ambulâncias, além da sirene, possuem megafones, onde o motorista pede passagem e desculpas por estar desrespeitando as leis de trânsito e incomodando os demais;

- Os motoristas de ônibus agradecem quando você desce do veículo;

- Para se comprar cigarros no Japão é necessário ter um cartão eletrônico, sem o qual a máquina que as vende não libera os maços, mesmo que você pague. A idéia é coibir a venda para menores de idade. Entretanto, qualquer um pode comprar saquê ou cerveja nos mercados. A exceção é feita para bebidas acima de 20 GL, que só podem ser compradas em casas de bebidas (liquor shop);

- Na maioria dos postos de gasolina no Japão, a bomba fica no teto do posto, e a mangueira desce por uma fenda no forro. Motivo: falta de espaço;

- A privada geralmente fica num recinto separado de onde se toma banho;

- O cômodo onde se toma banho geralmente fica perto da lavanderia;

- O Japão é talvez o único país do mundo que adota um valor singular para tensão elétrica: 100V (volts). O que faz que produtos japoneses tenham que utilizar transformadores para serem utilizados fora do Japão;

- O serviço de busca na internet mais utilizado ainda é o Yahoo;

- A conexão de internet mais xinfrim é de 10 Mbps.

Last Day - Kamakura e jantar num "izakaya" em Tokyo

Infelizmente, tudo que é bom dura pouco e passa rápido, e já chegamos ao último dia no Japão - e que por coincidência é um feriado: é a abertura do chamado "golden week" pelos japoneses, devido a sucessão de feriados nacionais que acabam culiminando numa folga de 6 dias.
Durante a manhã acordamos bem cedo, pegamos o trem e fomos para Kamakura, cidade a beira-mar distante mais ou menos 50 km ao sudoeste de Tokyo.
Kamakura foi capital do Japão de 1192 a 1333, durante o período do shogunato Kamakura cujo primeiro comandante (shogun) foi Minamoto no Yoritomo.
Em Kamaura encontra-se a segunda maior estátua de Buda do mundo, o Daibutsu de Kamakura, feito inteiramente de bronze e que, apesar de ser menor que o Daibutsu de Nara (http://paraguaionojapao.blogspot.com/2011/04/day-seven-nara.html), é reconhecido como sendo artisticamente superior. Inclusive o Daibutsu de Kamakura foi construído em 1248, depois que o monge chefe do templo de Kotoku-in na época (chamado Toutoumi Jōkō), após uma visita ao Daibutsu de Nara, decidiu erguer no templo uma estátua de bronze nos moldes desta, já que a anterior de Kamakura, feita de madeira, fora destruída por conta de um tempestade meses antes.
Kamakura também concentra diversos templos xintoístas e budistas, porém o Daibutsu é a principal atração. Outra atração da cidade são suas praias de areias brancas - uma raridade no Japão - e que devido à proximidade com a capital Tokyo e outras grandes cidades do Japão central, é destino disputadíssimo durante o verão.
Após a Kamakura, voltamos à Tokyo e fomos direto para um Izakaya no bairro de Shinkoiwa. Um izakaya é um misto de bar e restaurante típico japonês, onde os japas (principalmente pessoal que trabalha em escritório) gostam de vir para beber uma cerveja ou um saquê enquanto comem pratos típicos da culinária nipônica.

Seguem algumas fotos:
 Irmãs Otsuki em frente ao Daibutsu de Kamakura

O próprio, em sua eterna pose de meditação. O Daibutsu de Kamakura encontra-se "desabrigado", pois o templo que o abrigava foi levado por um tsunami lá pelos idos de 1400... e após sucessivos terremos, só sobrou a estátua de bronze mesmo...

Estátuas de pedra em um templo xintoísta em Kamakura. As estátuas são presentes que as pessoas deixam nos templos em agradecimento a alguma graça alcançada...

Eu com o tradicional manto sagrado, pedindo para que o Timão passasse pela porcada sem maiores problemas... já vi que vou ter que remeter uma estátua de pedra quando chegar ao Brasil... hahaha...

Família da Mirian "mandando bala" no "izakaya" em Shinkoiwa... hehehe...

Visão geral do Izakaya. Notem a decoração típica e o tatami ao invés de cadeiras. Lá todo mundo tira o sapato, senta no tatami e começa a bebedeira e a comilança.

Day Fifteen and Sixteen - Compras em Tokyo

O antepenúltimo e o último dia em Tokyo foram dedicado às compras, a grande maioria delas encomendas de amigos e parentes.
No penúltimo dia fomos vasculhar Akihabara mais de perto, e realmente este bairro é o paraíso de duas tribos que muitas vezes se fundem e se confundem: a dos "otakus" - como oa japas chamas os viciados em mangás (quadrinhos japoneses) e/ou anime (pronuncia-se "animê", e é como as desenhos animados japoneses são chamados),  e os "geeks" que procuram as últimas novidades em eletro-eletrônicos.
Para os otakus de plantão, em Akihabara proliferam-se os "maid cafés"- cafeterias/lanchonetes onde as garçonetes se vestem de empregada doméstica com uniformes bem sensuais ao estilo dos mangás e animês - porém é proibido tocá-las ou fazer propostas indecentes, ou seja, o maid cafe não é um inferninho. Bem ao gosto dos japas... eu achei estranho, mas como a Mirian não me dexiou tirar nenhuma foto das "maids" tampouco me liberou para ir a um maid cafe para retratar jornalisticamente esta faceta nipônica, segue uma foto que achei na net de como seriam as tais "maids":


Para os otakus mais saidinhos, existem livrarias e lojas de DVD/Blu-ray que vendem animes e mangás "hentai"- como oa japas chamam a pornografia, de modo geral. E o mais interessante é que tudo funciona normalmente à luz do dia, sem tapumes, acesso liberado para qualquer um - inclusive menores de idade.

Para os geeks, Akiba é uma meca. Tudo do bom e do melhor, do mais avançado, de todas as marcas premium, estão em Akiba. Os preços podem não ser tão convidativos como nos EUA ou na China, mas com certeza em Akihabara encontra-se tudo o que é novidade (no mundo inteiro!) ou eletrônicos que são lançados somente para o mercado japonês - sempre ávido por novidades geeks. Aonde mais você encontraria fones de ouvido profissionais da AKG, Shure, Roland ou da Denon? Ou então receivers 7.1 da Marantz por menos de USD 250,00? Em Akiba, você encontra tudo isso e muito mais.

Na Yodobashi - talvez a maior loja de eletro-eletrônicos de Akiba - tem até uma área designada somente para aqueles que quiserem jogar on-line usando o Nintendo DS, e não precisa se identificar ou comprar nada na loja, basta ligar o Wi-Fi do aparelho e sair jogando, conforme mostra a área abaixo:

Fachada da megastore Yodobashi em Akihabara.

Ponto negativo foi para a Apple, que parece que está perdendo a mão num mercado altamente lucrativo e consumista como o japonês. No penúltimo dia (29/04), foi lançado oficialmente o Ipad 2, com uma atraso de 1 mês em relação ao resto do mundo devido - segundo a Apple - ao terremoto e ao tsunami que devastaram o norte do país. Em pouco mais de 3 horas todas as versões do Ipad Wi-Fi sumiram das prateleiras não só das lojas da Apple em Tokyo mas também de todos os grandes resellers. Bem, infelizmente vai ter gente no Brasil que vai ficar sem...  eu ainda não vejo muita utilidade no Ipad para mim, portanto ainda não vou comprá-lo (quando ele substituir completamente meu laptop, aí sim...).

Ainda tivemos que passar em Ginza para comprar um casaco que meu pai pediu. Ou seja, foram dias bem corridos, e derretendo o cartão de crédito... só que (in)felizmente a maioria é encomenda, já que fizemos nossas compras pessoais em dezembro quando fomos para os EUA.

domingo, 1 de maio de 2011

Day Fourteen - Nikko

Desculpem não ter postado recentemente, está uma correria só e no final quando chegamos na nossa "base" só temos tempo de jantar e cair na cama, exaustos.
Nosso décimo-quinto dia no Japão foi para visitar a cidade de Nikko, distante 140 km ao noroeste de Tóquio. Nikko quer dizer "luz do sol" em japonês, e é uma cidade famosa por ter o complexo de templos e "onsens" mais próximos de Tóquio (ok, Kamakura, ao sul de Tokyo também tem alguns templos, mas nada comparável a Nikko) e tem sua importância por ter o maosoléu de Yeasu Tokugawa, o shogun mais importante e famoso da história do Japão. O shogun (literalmente "general" ou "comandante militar") era o governante "de facto" do Japão durante a Idade Média, e geralmente era o senhor feudal mais poderoso e rico do país - o imperador, durante o período feudal, era apenas uma espécie de "chefe de estado", e o shogun seria o "primeiro-ministro".Os restos mortais do filho de Yeiasu, Yemitsu, também encontram-se em Nikko. O período fundado por Yeasu (chamado de shogunato de Tokugawa) começou em 1600 e só terminou em 1868, com a chamada "Restauração Meiji", onde o imperador Mutsuhito (ou Imperador Meiji) reassumiu o controle total do país e acabou definitivamente com o shogunato e o sistema feudal no Japão.
Foi um período de extremo progresso e abundância de riqueza dos shoguns e dos demais "daymios" (senhores feudais), o que se reflete na exuberância dos templos.
Eis algumas fotos:
 Estação de trem de Nikko


A influência da arquitetura chinesa de templos é mais do que evidente em Nikko, principalmente nas cores e formas.


Os famosos macaquinhos que não veêm, não falam e não escutam maldade tem sua origem em Nikko.

Muitos dos detalhes dos templos ou são pintados ou revestidos de ouro.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Produtos japoneses estranhos - Parte 8 - ESPECIAL.

Bem, na terça-feira voltamos (finalmente) à nossa base em Tokyo, e à noite aproveitamos o restinho do dia para vermos mais uma bizarrice japonesa: a "cidade" do sorvete, no bairro de Ikebukuro.

Japonês adora sorvete. Adora não, é viciado! Você encontra em toda esquina uma lojinha com máquinas de "soft ice-cream", que são aqueles sorvetes de casquinha estilo McDonald's, com diversos sabores (igual aquele sorvete de chá verde que tomamos em Kyoto).  Fora isso, a diversidade de sorvetes que se encontra nos mercados e de sorveterias em Tokyo faz com a cidade seja uma fonte inesgotável dessa iguaria.

Na verdade a tal "cidade do sorvete" em Ikebukuro é apenas parte de um grande "playland" chamado Namjatown, que fica num prédio-shopping center chamado de Sunshine City. O Nanjatown foi construído pela empresa de jogos de videogame Namco, a mesma que produziu no final dos anos 70 o famoso PacMan. As personagens do Namjatown são bastante famosos no Japão, mas não fazem o menor sentido para os ocidentais (ok, talvez para alguns "otakus", que são os viciados em mangás e animação japonesa), portando a grande atração deste parque temático restrinja-se somente à cidade do sorvete mesmo. De temática gastronômica, além desta, tem a cidade da sobremesa (sem bizarrices, por incrível que pareça) e a cidade do guioza (os pasteis fritos chineses), muito apreciado aqui por esses lados também.
Acabamos dispensando os sorvetes estranhos e bizarros, e fechamos com duas casquinhas de sorvete turco (muito bom, sabores pistache e sesame) e um excelente potinho de sorvete de xarope de maple (sim, aqui no Japão temos maple também, não é só no Canadá não...).

Seguem algumas fotos do "Ice Cream City"em Namjatown, e como este é capítulo especial da famigerada seção "Produtos Japoneses Estranhos", de tantos sorvetes bizarros eu postei um vídeo, pois fotos jamais poderiam expressar toda a bizarrice que encontramos... logo abaixo o link do vídeo e as fotos:

- vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=RTbenw46BhE

- fotos:
Entrada do Namjatown, no shopping-edifício Sunshine City (será que não tinha um nome menos gay não?)


Entrada do Ice Cream City, dentro do Namjatown (já me preparado para as bizarrices que iria encontrar lá).

Entrada do Ice Cream City, dentro do Namjatow. Mirian já toda serelepe, porque ela é viciada em sorvete (vai ver por isso que está sempre brigando com a balança). 

Vitrine da loja dentro do Ice Cream city que vende sorvetes de diversos sabores (entenda-se bizarros) provenientes de diversas partes do Japão e do mundo. Assistam o vídeo que entenderão... :-)

"Praça de (des)alimentação" do Ice Cream City

Vídeos - Miyajima

Segue agora alguns vídeos dos templos em Miyajima (Hiroshima), que visitamos semana passada. Enjoy it!

Dentro do templo: http://www.youtube.com/watch?v=OXPLz44H_bU
Encenação de teatro "noh": http://www.youtube.com/watch?v=5U4UPuDgQcg
Hiroshima e Miyajima vistas do alto: http://www.youtube.com/watch?v=DvwoQSpRT5E

E um testemunho ocular de como o São Paulo realmente tem muitos torcedores no Japão: http://www.youtube.com/watch?v=xh_X3jRyhO8 

Vídeo - Kuro Tamago (Ovos Pretos) em Hakone

Finalmente vou postar alguns videos. Vou começar do mais recente e curioso, que é a produção de ovos pretos em Hakone. Enjoy it!

http://www.youtube.com/watch?v=c2yDEyN92Qw

E o moderno (e bizarro) teleférico de ovo preto:
http://www.youtube.com/watch?v=LOLRS75QImQ

Day Twelve and Thirteen - Hakone

Fiquei sem postar por esses dias... sabe como é, bateu uma preguiça... hehehe...

Bem, na segunda pela manhã saímos de Hekinan, pegamos novamente o Shinkansen (sim, já enjoamos de andar de trem-bala, graças ao Japan Rail Pass), descemos em Odawara e pegamos um densha (trem elétrico normal) para Hakone, aos pés do Monte Fuji.
Hakone é uma vila encrustada no meio de parque nacional e de vários montes e montanhas, mais ou menos 1 hora e meia ao sudoeste de Tokyo, e apesar de estar bem próxima ao Monte Fuji, não é o destino tradicional de quem quer ver ou escalar o ponto culminante do Japão de perto, mas por sem uma vila pequena com seus tradicionais "ryokans" (hotéis com pensão completa em estilo tradicional japonês, onde não há camas mas sim o bom e velho tatami com "futons"), tem um charme que mistura o friozinho típico das montanhas com os "onsens", que são as fontes de águas termais sulfurosas provenientes de vulcões adormecidos, muito procuradas pelos turistas por ter características medicinais.
Hakone - reza a lenda - é o lugar onde nasceram os tradicionais "kuro tamago", ou ovos pretos de Hakone, que são ovos de galinha cozidos em fontes de águas sulforosas no alto das montanhas que cercam a vila. O cálcio da casca do ovo reage com o enxofre destas águas termais que podem chegar até 96 graus Celsius, fazendo com que a casca fique totalmente preta - não confundir com o ovo chinês que fica 7 dias enterrado, e sai da terra podre - o ovo de Hakone é um ovo cozido somente, mas não podre ou em processo de putrefação, apesar da cor da casca. Reza a lenda que quem comer deste ovo vive mais 7 anos... como eu simplesmente odeio ovo cozido, só fiquei para registrar o fato e ver a Mirian e meus sogros mandando ovo preto goela abaixo...

Eis algumas fotos:
 Monte Fuji pode ser visto durante o percurso de Shinkansen até Odawara. Imagine eu e um bando de japas tirando fotos da janela do trem... mesmo pagando mico, a imagem é muito bonita!
Estação de trem e bonde em Hakone. Um "cable car" nos leva até os teleféricos, que por sua vez nos leva até o monte Owakudani (ou "Grande Vale De Águas Quentes", em japonês), onde são produzidos os kuro tamago (ovos pretos).
 
Visão do alto do teleférico para o monte Owakudani. Infelizmente não foi possível ver o Monte Fuji, devido à névoa seca que cobria o monte.

O caboclo aí de cima estava verificando a quanto andava o cozimento dos ovos. Na verdade a piscina onde ele está metendo a mão é um geiser, e a água que sai daí é rica em hidróxido de enxofre. Imagine o fedor que o enxofre normalmente tem, misturado com um monte de gente abrindo e comendo ovos cozidos... é quase a 8.a visão (e provavelmente também o cheiro) do inferno!
Placa do monte Owakudani (1050 metros de altitude).

Parecem uvas gigantes, mas são os famosos "kuro tamago" (ou ovos pretos). A casca fica totalmente preta mesmo, e esse pó branco em volta é o enxofre dos geiseres que se acumulam durante o cozimento. São vendidos por 500 ienes (aprox. 10 reais), o pacote com 5 ovos.

 
 Mirian descascando um kuro tamago. Por dentro é um ovo cozido normal...

 
 Navio "pirata" turístico que faz um tour pelo lago Achinoko, que fica no meio das montanhas de Hakone, aos pés do monte Fuji. Esse lago fica mais ou menos a 770 metros de altitude em relação ao nível do mar, e foi criado a mais ou menos 3.000 anos atrás por conta de uma erupção vulcânica.


domingo, 24 de abril de 2011

Caminhada para ajuda aos desabrigados do terremoto

Hoje pela manhã vi uma cena bastante curiosa: diversos velhinhos - e até algumas pessoas mais jovens - saindo da estação de Hekinan e caminhando em torno de algumas quadras da estação. Perguntei para a minha cunhada o que era aquilo, pois parecia uma mini-maratona, mas ela disse que era uma caminhada para arrecadar fundos para os desabrigados do terremoto e do tsunami no norte do Japão. Conforme as pessoas iam completando o percurso, marcas eram feitas nas pulseiras por fiscais em "check points", sendo que cada marca representava uma determinada quantia em dinheiro que seria doada pela empresas que estavam patrocinando esta caminhada - empresas ligadas ao ramo de saúde e esporte, em sua maioria. Ou seja, quanto mais a pessoa caminhava, mais dinheiro ela doava indiretamente para os desabrigados.
A minha cunhada disse que isto é uma prática comum no Japão, principalmente nas cidades menores como Hekinan, geralmente os recursos arrecadados são destinados a orfanatos e entidades que cuidam de crianças expecionais, mas que com os últimos acontecimentos, os esforços têm-se concentrado na ajuda aos desabrigados.
Achei bacana a idéia, além das pessoas fazerem bem para a própria saúde, elas ajudam as outras pessoas que necessitam de recursos em momentos difíceis, e as empresas ganham visibilidade a um custo relativamente baixo. Um belo exemplo de sustentabilidade e responsabilidade social...
Pena que estava sem a máquina quando vi isso, fico devendo uma foto dos velhinhos caminhando e ajudando os compatriotas...

Day Eleven - Hekinan

Hoje, como qualquer domingo que se preze, foi dia de compras e de um belo almoço com os parentes da Mirian (irmã, primos e pais), ou seja, foi um dia de engorda pura! Hehehehe...
Fomos nos restaurante que ficava dentro de um mercado de peixes, ou seja, garantia de sashimi e sushi fresco e saboroso... foi exatamemte o que encontramos! Muito bom! Nota 10!
Agora tenho plena ciência que de no Brasil eu NUNCA comi sashimi e sushi de verdade... :-(
No final da noite, alguns cálices de capirinha de sakê de Kyoto dos bons (safra 2010), feito com essência de yuzu (limão nativo do Japão) e mel, e conversa jogada fora com a Mirian e a minha cunhada... :-)
Amanhã vamos ao nosso último destino antes de regressarmos à Tokyo: Hakone, aos pés do Monte Fuji. Inté!


Parte da família da Mirian que está no Japão.

sábado, 23 de abril de 2011

Café da manhã japonês

Para os japoneses, a primeira refeição do dia é a mais importante, pois é quando o corpo está mais disposto a absorver todos os nutrientes, e é esta refeição que vai ter dar disposição e vitalidade para o resto do dia. Se é verdade ou não eu não sei, o fato é que quando eu tomo o café da manhã japa eu me sinto saciado para o resto do dia...
Eis uma foto do típico café da manhã japa, servido no hotel que ficamos em Hiroshima. É praticamente um almoço que você come as 8 da matina!

Produtos japoneses estranhos - Parte 7

Hoje no final da tarde percorremos algumas lojas de "hyakuen" e um "combini" para comprarmos algumas comidas de astronauta e também na homérica procura de produtos para a sessão de produtos japoneses estranhos. E a procura foi muito bem sucedida, diga-se de passagem.
As lojas de hyakuen (hyakuen em japonês quer dizer "cem ienes") são lojas de artigos baratos, como nossas lojas de 1,99 no Brasil (até o câmbio bate, já que 100 ienes equivalem a aproximandamente 2 reais), e são bastante numerosas aqui no Japão. Só não são maiores em quantidade do que as famigeradas "combini", como os japas chamam as lojas de conveniência, verdadeiras pragas no Japão que só perdem em onipresença para as vending machines. É mais fácil você achar uma loja de conveniência e uma vending machine do que posto de gasolina ou McDonald's. No Japão existem 6 grandes redes de "combini", muitas delas americanas: 7Eleven, Circle K, Family Mart, Mini Stop, Lawson's e Am/Pm. E nenhuma delas com posto de gasolina conjugado, como aqui no Brasil.

Bem, dadas as explicações iniciais, vamos ao produtos bizarros de hoje:

1 - Whisky japonês: não, não é sakê. É whisky mesmo, só que feito no Japão, seguindo receita japonesa, e com blend japonês. Pelo preço do danado (cerca de 30 reais o litro), deve ser igual ou pior que os whiskies brasileiros (Old Eight e Natu Nobilis).
Veredicto: fala sério, né? Como diria aquela velha frase machista: "Deus é 10, Romário é 11, meu whisky é 12, Zagallo é 13..." E a nota pra essa bizarrice é zero!


2 - Bolo de microondas estilo "Cup Noodles": para a dona de casa que não tem mais tempo de fazer um bolo para o filho ou pro maridão, eis solução que vem do outo lado do mundo: basta abrir, e ao pote acrescentar 1 ovo, meio copo de água, mexer bem, colocar no microondas em potência máxima por uns alguns minutos, e voilá! Um bolo de baunilha ou chocolate quentinho!
Veredicto: parafraseando o Sílvio Santos: "eu não comi, mas minha cunhada disse que é bom". Pela praticidade, nota 9. Pela bizarrice, 8. Pelo sabor, fico com a opinião da minha cunhada: nota 8.

3 - Dissecante para os pés com Germânio: trata-se de uma meia de gaze que contém um daqueles envelopes de silica gel (dissecante comum em pacotes de biscoitos e salgadinhos, para mantê-los frescos e crocantes), só que no formato da parte central da planta do pé. O intuito do invento inusitado é fazer com que o dissecante aborva o suor dos pés e assim evite aquele cheiro agradável de gorgonzola vencida quando se tira o sapato. A adição de germânio visa aumentar o efeito antibactericida e dissecante da geringonça.
Veredicto: imagine você indo trabalhar com um envelope de dissecante na sola do pé, ou indo jogar aquele futebolzinho com os amigos com essa desgraça literalmente plantada nas solas. Pode até ser que funcione, mas que é bizarro, isso niguém pode negar. Nota 7.

4 - Extensor articulável para aspirador de pó: acabou a desculpa para não limpar a parte de baixo dos sofás ou de cima dos armários. Com esse bico extensor articulável, você pode alcançar facilmente qualquer canto por mais baixo ou alto que seja, sem ter que arrastar móveis ou precisar de escadas. E serve em qualquer aspirador, pois é regulável.
Veredicto: utilíssimo. Apesar de bizarro, é da série: como pude viver sem isso até agora? Nota 9.




5 - Medidor de porção de spaghetti: sempre tive dificuldade em medir quanto de spaghetti tinha de cozinhar quando resolvia fazer uma bela macarronada. Invariavelmente sobrava quilos de macarrão, pois exagerava na dose. Com esse medidor aqui, ninguém mais erra: basta pegar o "feixe" de spaghetti, medir de modo a ocupar todo o espaço do orifício correspondente ao número de pessoas que deseja servir, e pronto. Nada mais de desperdícios!
Veredicto: para mim seria uma mão na roda, mas tem mestres-cucas por aí que se vangloriam por nuna ter errado a mão na porção de macarrão a cozinhar para "x" pessoas... nota 9, utilíssimo, mas bizarro!


Day Nine and Ten - Nagoya, Hekinan and Shokawa

Ontem e hoje estamos hospedados na casa da minha cunhada (irmã da Mirian), que mora numa cidade chamada Hekinan, distante mais ou menos 80 km de Nagoya.

Depois de uma overdose de templos em Kyoto, chegou o momento de sossegarmos um pouco, e deixar irmãs e pais conversarem e botarem a fofoca em dia, e claro, fazer a tradicional "troca de muambas", já que trouxemos praticamente uma mala só com produtos brasileiros: de Chokito a linguiça caipira.

Ao chegarmos em Nagoya ontem aproveitamos o final da tarde para fazermos parte de nossas compras (entenda-se encomendas de parentes e amigos), e no dia seguinte fomos para uma região muito bonita (e ainda com neve!) em torno do monte Hukusan, na cidade de Shokawa. Lá se encontra duas cerejeiras com mais de 400 anos, cuja história é curiosa: foram replantadas devido ao represamento de um rio próximo ao monte Hukusan, no final dos anos 50. Num esforço quase que pessoal, o presidente da então companhia de desenvolvimento energético do Japão (J-Power), Tatsunosuke Takasaki, resolveu transplantar as duas cerejeiras de 400 anos para uma margem segura ao lado da represa. Para a época foi um feito e tento, transplantar duas cerejeiras de 40 toneladas cada uma, e mantê-las vivas depois. Dois anos depois deste feito, em 1961, as duas árvores já voltariam a florescer e desde então tornaram-se uma atração turística na pouco conhecida província de Gifu.

Infelizmente o tenpo não ajudou nada, muita chuva e chegando lá nada de flor de cerejeira, as duas árvores completamente desfloridas e desfolhadas, como no final do inverno, um frio intenso e uma chuva forte. Por isso tudo, nem tiramos muitas fotos, mas fica aqui um link com fotos que mostra como deveria estar a árvore numa época desssas:

http://www.houseofjapan.com/local/shokawa-cherry-trees-toky

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Produtos japoneses estranhos - Parte 6

Hoje a sessão não está tão bizarra, mas vale pela curiosidade... mas prometo que a próximo post desta série, vou escolher alguns produtos bem bizarros, para compensar... ;-)

1 - Pudim (flan) de chá verde: encontrei vendendo em várias lojas em Kyoto, como a data de validade é bem restrita e vem bastante, não comprei, mas fiquei bem curioso. Imagine um flan, como daqueles que a Danone faz, só que feito de chá verde!
Veredicto: não comi, mas se o gosto for igual o sorvete de chá verde, fica com nota 5. O sorvete de chá verde é bom no começo, mas no fim sua boca fica com gosto de sabão de coco... bizarrísimo!

2 - Recarregador solar de celular: já que a onda agora é ser "eco", e aqui no Japão a última moda é ser ecológico em tudo (nos mercados, por exemplo, se você quiser sacola de plástico ou de papel, tem que pagar, além do que o povo vai te olhar feio nas ruas), encontrei vendendo por módicos 1900 ienes um recarregador solar de celulares. Se o seu celular ficar sem bateria, basta conectar este pequeno notável e ele voltará a vida. Ele também possui uma bateria interna que também é recarregado pelo pequeno painel solar, com carga suficiente para 1 hora de conversação.
Veredicto: funciona muito bem, e como não depende de baterias, apenas de luz solar ou artificial, é uma bela sacada para fazer seu celular ressucitar, ou substituir de vez seu recarregador de tomada. No Iphone 3G funcionou muitíssimo bem. Nota 10.

Agora, com internet móvel e "ÉQUIOOO!"

Como diria o Seu Creisson: "Vossê foizio pro Japãozius e ficou sem açéssio a internétio? Lárguia de sê béstia!".

Hoje chegamos a Nagoya, para ficarmos 3 dias na casa da minha cunhada, irmã da Mirian, que mora numa cidade próxima a esta cidade. Nagoya é a terceira maior cidade do Japão, também conhecida como a Detroit japonesa por sua economia girar principalmente em torno das grandes montadoras automobilísticas japoneses que se estabeleceram no entorno desta cidade.
Pedi para que ela me ajudasse a contratar um plano de internet móvel para que eu pudesse utilizar até o final do mês, e por 6.000 ienes (mais ou menos 120 reais) consegui por um mês um acesso WiMAX que pode chegar até 40 Mbps (quase 4 vezes mais do que o acesso que a NET me dá em casa com o Netcombo). Agora estou com internet móvel, rápida e com "équioooo"!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Day Eight - Kyoto

Nosso último dia em Kyoto, e o tempo resolveu ajudar. Um bonito dia de sol, sem nuvens, típico de primavera.
Resolvemos visitar os maiores templos de Kyoto - ou pelos menos os mais famosos - já que Kyoto provavelmente é a cidade com maior quantidade de templos em todo o Japão: são mais de 2.000 na região metropolitana de Kyoto, e aí só estamos contando os templos xintóistas e budistas, porém temos em bem menor quantidade algumas igrejas cristãs (católicas e evangélicas).
Kyoto - que traduzindo significa "Cidade-capital", foi a última capital do Japão antes de Tóquio, entre os anos 794 e 1868 d.C.
Fato curioso sobre Kyoto é que ela seria uma das cidades a serem bombardeadas pelos americanos com a bomba-A no final da Segunda Guerra, mas no último instante o secretário de defesa norte-americano Henry Stimson consegiu convencer os comandantes das forças aliadas a subsituir Kyoto por Nagasaki, por considerar a primeira um importante pólo cultural e científico do Japão, e assim, ter uma população formadora de opinião que poderia ajudar os países aliados na rendição do Japão na Segunda Guerra. O fato é que Kyoto foi muito pouco atacada durante este período, o que ajudou a preservar a grande maioria dos templos que hoje podem ser visitados.
Outras curiosidades de Kyoto incluem: é a cidade-sede da Nintendo - que ao contrário do que muitos pensam não começou fazendo videogames mas sim cartas de baralho no final do século XIX; produz os melhores saquês do Japão e ainda possui diversas escolas de geishas, sendo que ainda é possível cruzar com geishas e "maikos" (aprendizes de geishas) nas ruas de Kyoto ou nos templos.

Eis algumas fotos:
Colegiais... hoje pelo jeito foi o dia nacional dos colegiais visitarem os templo de Kyoto, porque nunca vi tantos espalhados por toda a Kyoto. Me senti no meio de um anime (desenho animado japonês)...

Templo de Kinkakuji (Templo do Pavilhão Dourado). Não, o templo não é feito de ouro, mas sim pintado de dourado, mas dizem que nos tempos feudais ele era feito de ouro... o que temos hoje é uma restauração fiel ao original, erguido em 1955. Trata-se de um templo budista da famosa linhagem Zen.
Mais colegiais e seus indefectiveis uniformes de marinheiro. Até hoje eu não sei porque o uniforme das meninas é de marinheiro, será que é porque antigamente somente as filhas de estivadores e funcionários da Marinha tinham direito de estudar? ;-P

Templo de Ginkakuji (Templo do Pavilhão Prateado). Fica do outro lado da cidade, sendo que o Kinkakuji fica a Leste e o Ginkakuji fica a Oeste de Kyoto. Também é um templo do Zen budismo.

 Lanternas penduradas próximas à entrada do templo de Kyomizuden e Yasaka. As lanternas indicam as famílias ou pessoas que contribuíram com quantias generosas para a conservação dos templos. É uma forma dos monges desejarem a estas famílias que o caminho delas sejam sempre iluminado.

 Mulheres vestidas com o tradicional kimono. No Japão, mesmo em grandes cidades como Kyoto e Tokyo, é comum vermos mulheres trajando os kimonos tradicionais, principalmente nesta época (começo da primavera). Não confundir com as geishas, que possuem trajes e maquiagem bem mais ricas e produzidas.

 Entrada do templo de Chionin, da seita budista Jodo-Shu (nembutsu).

Duas "maikos" (aprendizes de gueishas) cruzam nosso caminho no parque Maruyama, perto do templo de Chionin. Quem assistiu ou leu o livro "Memórias de uma Gueixa" sabe que as gueishas não eram prostitutas, mas sim dançarinas e mestres no entretenimento dos homens, sem necessariamente se prostituírem para isso.

 Estátua para o Kannon (entidade no budismo japonês responsável pela justiça e perdão), em memória dos Soldados Desconhecidos mortos na Segunda Grande Guerra.

Loja típica de louças japoneses no caminho do templo de Kyomizudera.

 
 Fonte do templo de Kyomizudera (Templo da Água Pura), chamada de Otowa. Esta fonte e o caminho para se chegar até ela é muito famosa no Japão, e cada uma das quedinhas d'água - reza a lenda - atende a um pedido: vida longa, sabedoria (ou secesso na escola) e vida amorosa feliz. Infelizmente não sei de qual bebi, mas acho que a Mirian bebeu a última... hehehe...
 Pavilhão central do do templo de Kyomizudera (Templo da Água Pura).